quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Sebastião pede a secretário da Cultura tombamento da Cachoeira do Talhadão

Deputado continua na luta para impedir a construção de uma Pequena Central Hidrelétrica no local

O deputado estadual Sebastião Santos (PRB) esteve reunido hoje, 31, com o secretário de Estado da Cultura, Andrea Matarazzo, para pedir o tombamento da Cachoeira do Talhadão, situada em Palestina. Ele entregou em mãos os documentos já protocolados no Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico), no último dia 10, contendo informações referentes ao rio e aos achados históricos e arqueológicos do local registrados pela Amertp (Associação de Defesa do Meio Ambiente, dos Rios Turvo e Preto).

O secretário disse que já estava ciente dos acontecimentos e que tomaria a frente desse pedido. “Vou acompanhar o processo. Vamos avaliar o pedido e ver se conseguimos dar prosseguimento”, disse Matarazzo. O tombamento da cachoeira é talvez a única alternativa para impedir a construção de uma Pequena Central Hidrelétrica (PCH) no local, tendo em vista que a empresa responsável pela obra já estaria demarcando as áreas para o início da construção.

Sebastião explicou ao secretário que a obra causaria a inundação de uma área de aproximadamente 110 hectares, e que destruiria a fauna, a flora e os achados revelados por arqueólogos amadores. “Até o momento, os estudos históricos e arqueológicos realizados nas margens do rio Turvo aconteceram de forma amadora. A intenção é que o Condephaat faça levantamentos profissionais para constatar os elementos encontrados pelos populares”, destacou o deputado, que presenteou Matarazzo com uma camiseta com a imagem da cachoeira.

Em 2006, a Cachoeira de Iauaretê, no Amazonas, lugar sagrado dos povos indígenas dos rios Uaupés e Papurí, foi tombada pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). Durante a solenidade, ocorrida dia 18 de outubro daquele ano e coordenada pelo Departamento de Patrimônio Imaterial (DPI), foi entregue às comunidades indígenas locais e aos autores da proposta o Certificado de Patrimônio Cultural do Brasil.