sexta-feira, 10 de junho de 2011

Deputado Sebastião se diz contra o fim das coligações proporcionais em Conferência Estadual sobre a Reforma Política

O deputado estadual Sebastião Santos (PRB) manifestou-se contra o fim das coligações nas eleições proporcionais e contra o voto obrigatório durante a Conferência Estadual sobre Reforma Política, realizada hoje, 10/06, no auditório Paulo Kobayashi, na Assembleia Legislativa. O encontro foi promovido pela Comissão Especial de Reforma Política da Câmara dos Deputados e contou com a presença do presidente da Assembleia, Barros Munhoz, que fez a abertura, do presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), Walter de Almeida Guilherme, dos deputados federais Edinho Araújo (vice-presidente da comissão), Luíza Erundina, William Dib, Alceu Moreira, Antônio Bulhões, além de deputados estaduais, lideranças políticas e populares.

Entre as propostas discutidas, o voto distrital parece ser o modelo eleitoral mais adequado na opinião dos participantes. A manutenção da coligação nas eleições proporcionais ainda é vista como possível, mas há uma corrente de pensamento que vislumbra no seu fim o fortalecimento dos partidos. “Sem as coligações, os partidos menores perderiam sua representatividade e estariam impedidos de crescer”, declarou o deputado Sebastião, que continuou: "Muitas vezes, nesses partidos pequenos nascem grandes ideias, além de preservarmos a pluralidade de opiniões”.

O deputado Edinho Araújo lembrou que o financiamento público de campanha seria uma das formas de impedir que grandes empresas influenciem nos processos eleitorais. “As campanhas estão cada vez mais caras, ninguém aguenta mais”, destacou. O presidente do TRE atribui às regras eleitorais o fortalecimento dos partidos. “Se quisermos partidos fortes, temos que repensar essas regras com urgência”, disse Guilherme, que vê como “consensual” o fim das coligações proporcionais.

O deputado Sebastião também se diz contrário ao voto obrigatório no Brasil. Ele afirma que o povo tem de ter “liberdade” para decidir se quer ou não votar. “Vimos em São José do Rio Preto, por exemplo, durante as eleições passadas, que pelo menos 30% dos eleitores se absteve de votar”, lembrou. “No modelo atual, se as opções de voto não agradaram, e a pessoa não quer votar em branco ou nulo, ou ela vota em qualquer um ou deixa de comparecer”, considerou.