sábado, 25 de junho de 2011

Com TV Alesp, deputado Sebastião grava depoimentos de pescadores contra decreto estadual

O deputado estadual Sebastião Santos (PRB) percorreu com sua equipe, hoje, 24/6, vários trechos dos rios Turvo e Grande, região de Rio Preto, para captar imagens e depoimentos de pescadores prejudicados pelo Decreto Lei 56.031/2010, que proibiu a pesca da maioria das espécies nativas no Estado de São Paulo. O percurso compreendeu as cidades de Nova Granada, Icém e Orindiúva. Produtor, cinegrafista e repórter da TV Assembleia estiveram juntos e registraram a dura realidade das pessoas que dependem do pescado para sobreviver.

Com 72 anos de idade e igual tempo vivendo na beira do rio, o pescador Mustafe Absi revelou, com lágrimas nos olhos, que jamais pensou passar situação tão difícil quanto agora. Ele mostrou seus três freezers completamente vazios e disse que está cada vez mais difícil sobreviver. “Nunca passei dificuldade vivendo da pesca. Agora, depois dessa lei (sic), faz 11 meses que não consigo dar o sustento para minha família”, reclama.

O Decreto Lei 56.031/2010 proíbe, entre tantas outras espécies, a retirada de peixes como dourado, pintado, pacu e mandi. Para quem vive – e/ou sobrevive – da pesca, não poder capturá-los significa o mesmo que parar de trabalhar. “Tenho tirado o bagre africano e tentado vender pelo menos o filé. Mas esse peixe é considerado uma praga e o comércio da carne é muito difícil. Ele ainda acaba com as outras espécies”, disse Mustafe.

O presidente da Associação de Pescadores Profissionais de Icém (APPI), Wilson Rodrigues da Cunha, disse que a entidade já estuda entrar na Justiça contra o governo do Estado por conta do decreto. “Somos em 120 associados que não fazem outra coisa senão pescar. Esse decreto está destruindo nossas famílias. Temos um advogado que vai entrar na Justiça contra o Estado. Queremos ser indenizados”, afirma ele.

Cadeia produtiva.