quinta-feira, 19 de maio de 2011

Na tribuna da Assembleia, deputado Sebastião manifesta-se contrário às construções das pequenas hidrelétricas no rio Turvo


“Para que mais uma usina se as hidrelétrica que existem deram conta do abastecimento?”, questionou o parlamentar.

Contrário à construção de duas Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH) na cachoeira do Talhadão e na Foz do Preto, região que abrange Palestina, Pontes Gestal, Riolândia e Paulo de Faria, o deputado estadual Sebastião Santos (PRB) foi à tribuna da Assembleia Legislativa na tarde de hoje, 19, para mostrar o projeto em 3D, disponibilizado no site da Prefeitura de Riolândia, de como os locais ficarão após o término das obras. Ele comparou as maquetes ao que existe atualmente, sem interferência humana.

Sebastião amplia o coro de prefeitos que compõem o Comitê da Bacia Hidrográfica dos Rios Turvo/Grande que já se manifestaram oficialmente contra esse projeto. Em documento elaborado e publicado no dia 22 de março deste ano, o órgão elencou os principais entraves e questionamentos para que a obra tenha prosseguimento.

“Consideramos os impactos ambientais das PCHs irreversíveis, com a construção e operação desses empreendimentos, como a perda de habitats em decorrência do desmatamento de áreas dos reservatórios e a formação do trecho de vazão reduzida”, consta do documento assinado pelo presidente do CBH-TG, Eugênio Zuliani, prefeito de Olímpia.

Além disso, o deputado questionou a necessidade de mais uma hidrelétrica na região, tendo em vista que até o momento não houve problemas com o abastecimento de energia. “A pergunta que eu faço é: para que mais uma usina se até hoje as hidrelétricas que existem deram conta do abastecimento?”.

Ele também observou que essas novas construções terão uma capacidade muito reduzida, e em alguns casos poderão até permanecer ociosa. “De acordo com o projeto, em épocas de estiagem a vazão disponível pode ser menor que a capacidade das turbinas. Dessa forma, elas deixarão de funcionar”, destacou Sebastião.