Eu acredito que com o decreto e a inauguração do Centro de Pesquisas do Pescado, São Paulo terá mais incentivo para desenvolver a Aquicultura. Estamos no caminho certo. A maior produção de peixes do estado está no Noroeste Paulista. De Santa Fé e Ilha Solteira saem o maior número de filés de Tilápia para serem comercializados. Trabalho no intuito de fazer de São Paulo, o estado de maior produção de peixes do país.
Saiba mais detalhes sobre o Centro de Pesquisa:
DENTRE AS DIVERSAS REGIÕES do Estado de São Paulo, aquela abrangida por São José do Rio Preto foi eleita para a implantação do ‘Centro Avançado de Pesquisa Tecnológica do Agronegócio do Pescado Continental’ do Instituto de Pesca, pelo fato de ser a principal cidade da região Noroeste Paulista e apresentar condições climáticas e de mercado favoráveis ao desenvolvimento da aquicultura”, revela seu diretor, o pesquisador científico Nilton Eduardo Torres Rojas, niltonrojas@pesca.sp.gov.br
O Centro Avançado, localizado na Avenida Abelardo Menezes s/no (próximo ao trevo da Rodovia Washington Luiz, km 445, sentido Zona Sul), será inaugurado pelo Governador do Estado de São Paulo amanhã, dia 18 de junho, às 9 horas, contando com a presença da Secretária de Estado de Agricultura e Abastecimento, Mônika Bergamaschi. Na oportunidade, Geraldo Alckmin assinará o “Decreto Estadual do Licenciamento da Aquicultura”, destinado a facilitar que os piscicultores regularizem seus empreendimentos com base na legislação.
Atualmente, segundo Edison Kubo, ekubo@agricultura.sp.gov.br, diretor do Instituto de Pesca, a região é a maior produtora de peixes cultivados. “O Centro do Pescado Continental tem a missão de promover o desenvolvimento da cadeia produtiva do agronegócio do pescado continental (produtor, indústria e consumidor), mostrando ao público as tecnologias mais recentes da aquicultura, sempre comprometidas com a qualidade e o uso racional dos recursos aquáticos. Ele foi projetado para ser referência nacional no desenvolvimento de pesquisas na área de aquicultura”, revela o diretor. Para isso, dispõe de um prédio de administração e transferência de tecnologia, incluindo auditório para 70 pessoas e biblioteca especializada em aquicultura, onde será possível atender a cerca de 300 interessados por mês, entre produtores rurais e estudantes, do ensino fundamental aos cursos de pós-graduação.
Ele contará com quatro laboratórios: (1) o “Laboratório de Análises de Água Doutora Margarete Mallasen”, com 247 m2, com capacidade para realizar 500 a 600 análises de parâmetros de qualidade da água/mês; esse laboratório foi concebido estruturalmente para ser certificado e acreditado, possibilitando oferecer serviços de qualidade para usuários da pesquisa, produtores rurais, industriários e órgãos governamentais (prefeituras, SEMAE etc.); (2) o “Laboratório de Reprodução e Larvicultura”, com capacidade para produzir cerca de 10 milhões de larvas/ano para serem disponibilizadas a produtores rurais e experimentos de pesquisa; (3) o “Laboratório de Nutrição e Sanidade de Organismos Aquáticos”, com capacidade de realizar 2.080 análises de parâmetros parasitológicos e microbiológicos, além de seis ensaios biológicos por mês; e (4) o “Laboratório de Ensaios Biológicos”, com capacidade para 72 ensaios sobre digestibilidade e desempenho zootécnico e 300 formulações de ração/ano.
O Centro terá ainda 45 viveiros experimentais de diferentes tamanhos, totalizando 36.800 m2 de área alagada, onde será possível produzir 1.200.000 alevinos de diferentes espécies e 64,2 toneladas de pescado por ano.
O Instituto de Pesca é vinculado à Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), www.apta.sp.gov.br, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.
Texto: Márcia Navarro Cipólli
Fotos: Saliane Calixto
